Botei minha cara no sol
pra sentir arder no rosto
o tempo indo, vindo
enquanto eu transpasso o espaço dos passos
tentando entender
sentei com a alma na janela
pra ver o povo passando
cantando graças
nadando em desgraças
buscando os culpados nos desfechos do acaso
deixei-me ir
pra onde eu quiser
ir-me eu deixei
ver la fora como é
matei o meu juízo
fui meu melhor amigo
me despi do que era eu
de encontro ao nada
onde meu poco seja muito
e que a leveza seja tudo o que eu precise ter