Ela vai andar em bando
pra fortalecer as laterais de um quadrado que a envolva
vai direto ao que é certeiro
e que lhe agrade com amor
ela vai pra onde der
descobrir os cantos que não lhe pertencem
criar e solucionar crises de um existencialismo
sanando medos e matando vontades
ela vai
de batom vermelho
corpo volátil
aprendendo a voar
erguendo barreiras
virando páginas de comédias que não lhe fez rir
pra até mesmo eu ir-me por completo
voltando no mesmo chão que me trouxe
sumindo no mato ou no cimento
como ventos que vem e vão
sem justificativas, reparos ou precauções
esperando o movimento de translação exercer seu ofício,
trazendo a mim o mesmo sol de 2013
eu espero
e observo
e aprendo
mas espero, para sempre