sábado, 7 de março de 2015

Rato de rolê

No meio do caminho tinha um bar
No meio do bar tinha um caminho
No meio da pinga tinha uma careta
No meio da cerveja uma filosofia

A mesa que envolve faz de mim um orador
Daqueles que engrandecem qualquer sílaba
O copo que me rege dita a mim todas estórias
De quantas escórias fui capaz de enfrentar

Desce breja
Senta mais um camarada
Passa gente que me odeia
Mas o copo sempre indo

A arqueologia dos roubos dos goles
A metodologia dos pedidos de tragadas
A ciência de todas as vontades
Explanada na miúda

Fumando a quimba que é presente
Na migué das saideiras
A fartura do copo que nunca oscila
Na constância de um bolso sempre vazio