No meio do caminho tinha um bar
No meio do bar tinha um caminho
No meio da pinga tinha uma careta
No meio da cerveja uma filosofia
A mesa que envolve faz de mim um orador
Daqueles que engrandecem qualquer sílaba
O copo que me rege dita a mim todas estórias
De quantas escórias fui capaz de enfrentar
Desce breja
Senta mais um camarada
Passa gente que me odeia
Mas o copo sempre indo
A arqueologia dos roubos dos goles
A metodologia dos pedidos de tragadas
A ciência de todas as vontades
Explanada na miúda
Fumando a quimba que é presente
Na migué das saideiras
A fartura do copo que nunca oscila
Na constância de um bolso sempre vazio