sorrir conveniente
a se perder na própria imagem
erguendo espadas, celebrando as palavras
altar da própria certeza
Vi moldes de panos disfarçarem o corpo
cobrindo em etiquetas
a soberba de achar que saber demais basta
Vi títulos de papéis reforçarem as fechaduras, ásperos ressentimentos
forjarem a direção das falas naquilo que há de ser o mais convencional
de acordo com a comodidade e do encaixe da bunda no sofá
erguendo o tom com a fúria de quem esquece e não ouve
não vê o que enxerga
não come o que engole
e não é o que acha que pensa