riscando de caneta meus escritos à lápis
rasgou as sete camadas de sua mãe
o meu peito, minha coragem e minha certeza
pintou de vida todo o cinza
irradiou ao som de um choro
com o corpo ainda sujo de vérnix
brilhando feito os olhos d'água de Maria Laura
Mudou tudo
Quando a tenho
nos braços
me derreto com o seu olhar pro céu
o dedo apontado para cima
olhos curiosos de quem está descobrindo as coisas
balbucios
joelho vermelho de tanto engatinhar
risada que me droga às inquietações
acalento
o melhor do tempo
que passa depressa
me pesa
e me faz um atrasado
Durmo com medo
mas acordo te amando sempre mais.