domingo, 24 de dezembro de 2017

Bobeira

Não me engana a tristeza
Que me leva a crer
Que perder é prejuízo
Onde ganhar é tão pouco
Um detalhe impreciso
E que sonhar ainda é melhor
Do que ser submisso

Não me engana o relógio
Que me leva a crer
Que esperar é preciso
Amargar dissabor
Adiar os sorrisos
No apego ao que jaz
E não foi nunca mais

Para sempre nunca mais.

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

O diabo na terra do sol

Eu sou
O diabo e o sol
o sagrado e o vento
morte e nascimento

na boca do inferno eu bati e vi
que era aqui, que o plano é um só
é só terra e morro
o que cabe nos olhos
e que alcança a visão

Eu sou
o retrato, o futuro
a expansão do tempo
um novo advento

É como a água que escorre
a pele que estica e a perna que corre
boca que fala e reclama
corpo que envolve e promove a vontade que ebule
a fala que explode
a luta que eclode
não se engane com o mundo
pegue suas pedras e vem pro tumulto
atire suas pedras e mude o mundo