sábado, 28 de outubro de 2017

algumacoisa.mp3

O couro estica e
apanha da mão
tange a dor em deleite
arde a palma pulsante

o corpo
em transe
confunde-se com movimentos
em tempos
repetições
frações
refrões

líricas diversas
de notas
tons
e ideias
um sonho que ecoa em frenquências
toca a pele por meio de suas ondas
e faz tremer como um grave
o peito do sonhador

minha música não tem preço
rasante em chão
errada demais para ser alguma coisa
não tem cor
nem cheiro de novo
é justaposição do meu passado
do que já fui e que coube em um som
tronco a vista mas com raíz
analógico, elétrico, digital
visceral
escape psicosocial
de um coração que ainda bate
ritmado em aceleração constante
em ressonância aos acordes da vida