quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Calabouço

Canta o galo apressado
sem sol que dá bom dia
rompe meus olhos em cima das horas
a espera do atraso que tenho com a vida

Frestas clareadas
quadrado desfeito
tenho por casa o asfalto que piso
o que me faz gastar o tempo
em trocas de sonhos
certeza do pão

Falas que se repetem
medem tua força por metas
muito por pouco ou nada
do que nem é seu
do que jamais lhe pertencerá

Por trás de um balcão em plena corrida
deixando pra lá
pra depois
tudo
sempre

A Soma das crenças com as descrenças
o resultado dos passos que dei.