quinta-feira, 7 de abril de 2016

Autocontrole

A histeria que me faz repensar
nos súbitos instantes de desespero
onde estou inerte perante ao caos
vendo o mundo girar sob a égide do que foge ao meu tato

Não posso voar sozinho se
no chão me prendo em compartilhamentos
se no chão estou presente
mesmo avulso ao próprio corpo que disponho

Ao melhor que posso me doar me resta a incerteza
em fitar o eu de mim mesmo pelo importe que demando
Em rombos inconsequentes
impensáveis à estética dos moldes que doutrino

Sou carne que arde no toque
arder que instiga o palpável
na dúvida de fazer ater o fundo
que resguarda o mínimo que me põe no outro

Pairo extenso no que sou
esguio e alongado numa liga corpórea
que procede de construções que se consomem em desconstruções
emaranhando meu manejo na busca de prestar-me eficiente
ao espelho que reflete o descontrole em não saber lhe dar com o agudo