Tentei falar com os olhos
mas você não me ouviu
fiz do silêncio uma ode
que falasse por mim
mostrei amor com meu toque
mas você não sentiu
esperou por palavras
que não puderam sair
me vesti com sua pele
mergulhei em você
me calei pra lhe ouvir
pois nada tinha a dizer
palavras são pouco
ou nada são para mim
se a boca se abrir
só pra tentar convencer
o que há de ser
vai longe de mim
sou indecisão que consome o tempo
pra deixar fluir
o que há de ser
vai longe de mim
sou imensidão de sentimento livre
pra me permitir
segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016
Reesclarecimento
Botei minha cara no sol
pra sentir arder no rosto
o tempo indo, vindo
enquanto eu transpasso o espaço dos passos
tentando entender
sentei com a alma na janela
pra ver o povo passando
cantando graças
nadando em desgraças
buscando os culpados nos desfechos do acaso
deixei-me ir
pra onde eu quiser
ir-me eu deixei
ver la fora como é
matei o meu juízo
fui meu melhor amigo
me despi do que era eu
de encontro ao nada
onde meu poco seja muito
e que a leveza seja tudo o que eu precise ter
pra sentir arder no rosto
o tempo indo, vindo
enquanto eu transpasso o espaço dos passos
tentando entender
sentei com a alma na janela
pra ver o povo passando
cantando graças
nadando em desgraças
buscando os culpados nos desfechos do acaso
deixei-me ir
pra onde eu quiser
ir-me eu deixei
ver la fora como é
matei o meu juízo
fui meu melhor amigo
me despi do que era eu
de encontro ao nada
onde meu poco seja muito
e que a leveza seja tudo o que eu precise ter
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016
ela vai
Ela vai andar em bando
pra fortalecer as laterais de um quadrado que a envolva
vai direto ao que é certeiro
e que lhe agrade com amor
ela vai pra onde der
descobrir os cantos que não lhe pertencem
criar e solucionar crises de um existencialismo
sanando medos e matando vontades
ela vai
de batom vermelho
corpo volátil
aprendendo a voar
erguendo barreiras
virando páginas de comédias que não lhe fez rir
pra até mesmo eu ir-me por completo
voltando no mesmo chão que me trouxe
sumindo no mato ou no cimento
como ventos que vem e vão
sem justificativas, reparos ou precauções
esperando o movimento de translação exercer seu ofício,
trazendo a mim o mesmo sol de 2013
eu espero
e observo
e aprendo
mas espero, para sempre
pra fortalecer as laterais de um quadrado que a envolva
vai direto ao que é certeiro
e que lhe agrade com amor
ela vai pra onde der
descobrir os cantos que não lhe pertencem
criar e solucionar crises de um existencialismo
sanando medos e matando vontades
ela vai
de batom vermelho
corpo volátil
aprendendo a voar
erguendo barreiras
virando páginas de comédias que não lhe fez rir
pra até mesmo eu ir-me por completo
voltando no mesmo chão que me trouxe
sumindo no mato ou no cimento
como ventos que vem e vão
sem justificativas, reparos ou precauções
esperando o movimento de translação exercer seu ofício,
trazendo a mim o mesmo sol de 2013
eu espero
e observo
e aprendo
mas espero, para sempre
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016
Não há vagas
Vá embora
Não tem espaço
Não há vagas, olhe a hora
Chegou tarde e vem de fora ?
Sem chances pra você
Talvez em outro lugar
Mas não aqui
Não há vagas
Vá embora
Não tem espaço
Não há vagas, olhe a hora
Chegou tarde e vem de fora ?
Sem chances pra você
Talvez em outro lugar
Mas não aqui
Não há vagas
Vá embora
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