terça-feira, 1 de setembro de 2015

Polícia sai do pé

De que adianta eu querer
bater de frente com meus ideais
perante a solidez impenetrável
bruta e ignorante de quem abusa do poder
ostentando a arma na mão

De que adianta discutir
com pedaços estúpidos de carne
que nada compreendem e se encontram adestrados
na condição de serem passivos a ordens
que têm a violência como conduta de um ofício
e fazem da opressão ciência e método para um estilo de vida

Gente que vem na calada
e disparam discretos do jeito mais covarde possível
sem dar alardes
sem permitir holofotes que denunciem suas ações
deixando bem claro o significado da pressão
para impor o peso de armas que sobreponham braços pávidos

Porque é assim que funciona
e é assim que tem que ser
se reclamar apanha
se apanhar tem que calar

Não me rendo a condição
não me dou por vencido
não posso, não devo
são fatos, são reincidências
que fazem valer o meu esforço
de tentar abrir os olhos de quem faz força
pra não ver a violência que se mascara na figura de quem deveria apenas nos servir