quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Corpo de plástico

Ambiguidade que aflige
Ânsia do ciclo descartável
Giro de corpos d'uma anedota instigante
Bocas de roleta

No jus da sorte o corpo vale um preço
Valendo a moral e a integridade
Pela estabilidade em se manter feito uma joia
No apreço de quem um dia admirou a porcelana

Da madeira ao ferro
Do ferro ao vidro
Tem que saber fazer valer
Plenitude materialista de cabeças, pernas e genitálias

Olhos que brilham numa contagem regressiva
Deixando o tempo levar a leveza de sua narrativa
Pois as bocas mentem enquanto o tato finge e força a persuasão
Faz a carne reciclável a qualquer anseio que domine nossos instintos