Basta a ressonância do primeiro acorde para eu me deleitar
Debruçar-me por completo na melodia que ecoa
De olhos fechados
Completamente envolto
Sons que se desenham em minha alma
Materializados pela pulsão de minhas mãos
Pela efervescência que me inquieta
E se afirma como percursora
Soa como um grito
De um coração que bate na mesma velocidade da música
Que sobe pela espinha em forma de energia
E se esvai como redenção nas pequenas gotas de sangue entre meus dedos
Vasão de sentimentos capazes de fazer dançar
De dentro pra fora
Honesto
Sincero
sábado, 29 de agosto de 2015
sexta-feira, 14 de agosto de 2015
Identidade
Na vulnerabilidade de uma estima perecível
Sob um peso que instiga qualquer controle
Estabelece-se ofegante o corpo que grita em silêncio
Enquanto eclode, internamente o conflito dos sentidos e dos porquês
O que se era, em combustão
Pela sina do novo, pelo o que há de ser
Do que um dia foi tragédia
E que outro dia repetiu-se como farsa
Como a constância das mudanças da lua
Suas idas e vindas arrebatadoras
Sua extraordinária lição de resistência
Que faz com que seu brilho mostre que ela ainda continua a mesma
Pelas entranhas que suscitam os dramas
e faz valer a apreciação da própria existência
Todas as brechas preocupantes
Todas as chances de poder experimentar-se
Na companhia de si só
Em um processo transitório que nos leva novamente a nós mesmos
De onde nunca pudemos sair
Mesmo quando nos ausentamos da própria consciência
Uma reversão de antagonismos que aflige o que somos
Nas premissas confusas da mutabilidade que se faz necessária
Pra que se entenda o movimento de todas as contrações
Que provam que a dor é um dos melhores remédios pra se sentir vivo
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