quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Bobo rodado

Os agrados que insultam a lógica de qualquer bom senso
Quando a insistência em proporcionar sorrisos faz de alguém um corpo avulso
Não deixe que riam do seu melhor
Pois é horrível ver a entrega de quem a faz pra se foder

A graça que concebe ao tolo o poder de fazer rir
Machuca como uma pedra pontiaguda
Fere com força os estigmas de inocência e benfeitoria
Em troca de descaso e indiferença

Não há sentido em calejar as mãos para quem te explora
Não há reciprocidade em sangrar o seu melhor para quem não dá a mínima
O bem que te alude quanto ao melhor que te rodeia
Jamais será suficiente enquanto você não souber dizer não

Não ao que você não quer
Não ao que você não pode se deixar ser
Não ao que querem roubar de você

Pra que o íntegro de sua essência conspire à seu favor
Transbordando tua alma de sentimentos bons
Você terá de matar com toda a maldade do mundo qualquer coisa que possa lhe ferir