quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Amor, ódio, amor

A fraqueza da carne me faz sucumbir
Sua beleza me irrita
É descontrole que ascende em meus olhos
Por sua destreza astuta na arte de seduzir

O limbo é escuro como forças que nos cercam
Meu prato é simples, vazio e cheio de fome
Quero experimentar-te, rasgar-te e engolir-te
Selvagemente, sem controle, indomável
Expondo à todos, as tentações que nos cerceiam

Sou egoísta e me cago pra este fardo
Estou a léguas de distância das chances que desperdicei
O que pesa é o sentido da ausência, banhado pelo ódio de tudo o que não posso ter
Todas as marias, todo o ouro do mundo

Posso naquilo que vejo
Sou por aquilo que falo
E o que se vai está a salvo
E o que fica eu destruo

Porque amo
Porque odeio
Porque odeio por amar