sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Era tudo o que eu queria

O homem não está bem.
Cambaleia, trança as pernas, gagueja em qualquer palavra.
Todo o espaço foi ocupado para suas regalias.
No chão, as calças.

A cama quebrada em pouco tempo de uso.
Portas grandes o suficiente para enlouquecer todo seu supérfluo.
Roupas usadas para ostentação.
Adereços de que visavam status.

O homem se senta. Pensa.
Qual o sentido para toda a exterioridade ?
Qual o sentido do convívio ?
Não há respostas.

A embriaguez tinha propósito.
Prosperar em momentos de levitação.
Aguardar para agir no abraço tão esperado.
Chegue bem perto. Mais perto ainda.