domingo, 11 de novembro de 2012

Confie onde piso

No intenso do som que me leva,
distante de qualquer local ausente de melodias.
Fico onde paira tal vontade.
Equivalente a minha.

Em um pecado formigante
escondeu-se muito longe a arte que me movia.
Ela volta, consta em nossa frente.
Ela se estabelece a cada novo segundo.
Segundos se desprendem do tempo de maneira consciente.
Eles querem carregar o dom.
Dignamente, a força do artista ecoa em nossos horizontes.

Estamos no Nirvana alheio.
O karma essencial para nossas virtudes
transam entre si de maneira coletiva.
Pelo bem, no próprio bem.

Ela grita a vontade subliminar.
Esconde falhas que lhe submete.
Evolui feito algo desumano.
Regride à mesma maneira anteriormente.
Vai voltar à evolução, é o ciclo.
Mas, regredirá ao status antes conhecido.

Isso é nosso espelho.
Somos o reflexo ilusório submetido à nossa utopia.
Acolhidos em cegueira.
Humanos, racionais.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Mofo

Cabeças de um mesmo lado. Uma grande frustração. Toda a ideia aparentada em uma base intencional, tudo isso desperdiçado.  Motivos que lhe fazem dizer sim é mentira mascarada de verdade. A sede em ter não lhe permite ser. A utópica sina em transparecer o que de fato você não é, mas que de uma maneira minimalista existe em uma essência reprimida. É a voz ditada pela pressão de ser mais um, a grande responsável por tal repressão. Livre não é estar acima pelos cantos em que você busca estar. É estar distante do topo almejado pelas cabeças rigorosamente indiferentes. Estar abaixo do que taxam ser de grande valor não é fracasso. Muito pelo contrário. Estar no patamar das mesmas cabeças regradas ao tradicional bem visto é que é o fracasso. É o fracasso em reproduzir. É o fracasso em fazer parte do geral. Permanecem consumidos por tudo o que consomem. A indiferença é tão imperceptível ao ponto de não sabermos o motivo de nosso vazio interior.