segunda-feira, 24 de setembro de 2012

É hora

Estende, inclina, suspende e segue adiante. Numa distância de poucos centímetros. Cautelosamente na soma de um esforço, ao todo estarei distante. Tracionados involuntariamente com o gesto amedrontado de uma falta de opção, mantenho-me estreito e calado assim que passo a incorporar o cenário do novo conturbado. Olha mãe, a senhora tinha razão, eu fui muito ingrato. Nunca desrespeitosamente,  fui carne acomodada. O pai que se esforça sangrando suor por obrigação. O herói maior de um exemplo que me faz calar. Minha miséria é pedra, minha vontade é vento a meu favor, a escuridão incerta é meu caminho. Ele sempre muito pai. Ele sempre muito firme.

De volta a miséria. De volta a fome. De volta ao futuro. E antes que qualquer raciocínio me faça abrir a boca, enxergo nessa lama o ouro.