domingo, 20 de março de 2011

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Nada.
Nada me representaria.
Calos inexistem,
mãos morrem.

Observe-se.
Aqui, a dor sobrepôs a audição por palavras não medidas.

Andei no caminho contrário,
com o tempo me desconheci.
Tentei ser muito e hoje nem o nada me pertence.

Você nunca me mereceu.
Sinto vergonha de mim mesmo.
Impotente por assim ter lhe deixado,
em ser a culpa de sua maquiagem borrada.
Tenho medo por você.

Estranho sentir,
voltar a ser isso.
Me acostumei com o céu
sem nem lembrar que inferno existia.

O mundo hoje lhe acolhe
ao mesmo tempo em que me esquece.
Dão graças por você.
A mim, os pregos dessa cruz.

Siga em frente sem medo.
Te ensinei a ser forte,
Diferente de mim, espero que consiga.
Por você mesma.

Um outro lugar me espera,
um outro dia nos veremos.
Mas tudo que te disse é verdade e permanece.

Um todo tão irrelevante,
palavra nenhuma suficiente ao que sinto.
Horrível, totalmente complexo.
Não sei nem se sou eu mesmo.