quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Irreverente igual

Você se lembra,
dos dias em que tentamos ?
Você se lembra do tempo,
em que o tempo era o mesmo ?

Independente a tudo o que passou.
Continuamos.
Falidos por moral própria.
Decadentes em buscas mal-sucedidas.
Somos a carne fraca,
que cede a tentações.

Pensar em um melhor.
Agir pelo pior.
Andamos em círculo,
contornado nossa fraqueza.

A sina de espera,
em surgir uma ascenção.
O comodismo podre,
indiferente sempre e sempre.
Quando apanhamos,
prometemos algo novo.
Mas apanhamos tanto,
que nem lembramos o que prometemos.

Nosso medo.
Medo em ter coragem.
O movimento de uma mão,
na ação em ser covarde.

Velho mundo.
Sempre igual.
Somos impulso,
no ato de um corpo avulso.

O que achamos,
radicalmente nada igual ao que pensamos.
Nosso dom em não ter dom.

Tudo volta.