domingo, 21 de novembro de 2010

E fica assim...

No despertar de um pensamento, observo o sol nascer com meu olhar cansado e prestes a se por.


Enquanto a vizinhança sai pra ir à luta, eu viajo ao som de Alice in chains, e me ponho a pensar na morte. Um tabu pra alguns.
Sinceramente, eu não sei até onde vou chegar, não sei se paro por aqui, ou se chego muito adiante.
A cada dia que passa me sinto mais preparado a um possível encontro com a luz. Mas julgam estranho, o fato da minha aceitação ao silêncio eterno.

Vivemos num lugar ambicioso em relação a tudo, e suficiente ao ponto de estressar. E diante dos mundos que criamos eu me ergo, me sinto calmo e retomo a escutar nutshell. Volto a sentir o abraço dela, os sorrisos dos amigos, as realizações da família, e percebo que não adiantará planos pra um futuro mais distante.
Se eu não durar muito pra mim foi o melhor. O que ficar, que seja eterno, pois a carne que eu carrego pra terra irá voltar.
Todo valor que eu representar a alguém, espero que faça falta. Que toda saudade seja justa e honesta, sem tablóides clichês, ou misticismo sentimental por generalização.
Quando pensarem em mim, que lembrem da intenção que fui. O melhor, foi o que busquei à cada um que eu realmente amei.
Dificilmente, ou nunca, entenderão o que prezo por morte. O meu deixar ao além. Meu desejo em morrer cedo. Dizem que só damos valor a vida, quando nos deparamos bruscamente, e intransferivelmente com a morte. Mas claramente, minhas decisões e intenções de fim, não são por ingratidão, ou muito menos infelicidade. Foi minha escolha, e nós já nascemos providos desta escolha. Respeitem. Esse é meu caminho.

Deus (Sim eu creio). Dizem que sabe a hora certa. Eu sinto e torço pra que não deva demorar. Mas quando estar prestes, quero sentir e saber, pra abraçar todo mundo, que pra mim nunca irá morrer.