Consumido por cansaço,
com a mente desgastada.
A esperança foi embora.
Minha vontade se matou.
Falar, falar, falar.
Ficamos cegos com o auge.
Iludidos pelo limite.
Adiante só persiste a decadência.
Numa vida em falência.
Quando tudo passa.
Nos deparamos com o tempo.
Por tudo o que deixamos de ser,
Com todas as vidas que inventamos.
Sonhos impossíveis.
Insegurança disfarçada.
Sorrisos inventados.
Mesmices impensáveis.
Idiotices necessárias.
Algo novo que fez bem,
e a mania de julgar.
Nosso amor próprio estuprado.
Nossa racionalidade invadida.
Vivemos,
acreditando que nunca iríamos envelhecer.
Envelhecemos,
como se nunca tivéssemos vivido.
E então você se fecha.
Precisamos esquecer.
Abraçar a dor,
e encarar o dia.
Meus olhos realistas,
Enxergaram o que é possível.
Descartando toda a utopia que um dia chamei de sonho.
Vou viver do que é real.
No egoísmo ao que somente me interessa.
A tudo que não me pertence, tanto faz.
Que todo o alheio se foda !
Termina aqui.