domingo, 24 de outubro de 2010

Identidade

Intenções por busca.
Descobertas próprias.
Esquecimentos desejados.
Alienações prazerozas.

Porque o vício,
Com o oposto não pensado,
é o que atrai e alucina por início.

Julguem drama.
E entendam ao passar pelo mesmo.
Incluso em quedas.
Presente em arrependimentos.

A insegurança em ser alguém.
O traçado pela diferença.
Buscar não ser mais um.
Seguir vontades.
Conter impulsos.

Ser mal visto,
e se importar.
Por inocência sincera,
ser exemplo.

ídolos inspirações.
Afeições em devoções.
Exemplos de nosso impossível.
A inveja por não poder ser do mesmo.

Somos únicos.
Por valores própios.
E por pior que seja.
Não medíocre ao ponto de sermos resumidos.

É a busca do caminho em ser alguém.

Adiante

Continuemos.
Procurando.

Mundos pensados.
caminhos.
Tudo irrelevante,
ao que se julga de bem.
Nada necessário,
valioso em ser natural.
Experiências forçadas,
desgastes causados.

Percorremos por lados compulsórios.
Em destinos não felizes por abstração.

Buscas ao infinito,
em um tudo limitado.

Poderia escrever mil linhas.
Com humor de alguém estranho.

Depressão é verdadeira.
A realidade é quem foge.
Inventamos por não ser.
Mentimos pra sobreviver.

Tão quanto fútil.
No mundo de que consumimos.
Verdadeiramente,
o que temos nos consome.

Depare-se ao fundo do poço.
E siga mantendo

Nossa guerra pessoal.
Na vergonha em você.
Um alfa decadente,
negligente por um mal.

Fazemos muito pra que nos percebam.
Buscamos por olhares.
E por mais tímido e quieto,
tudo exclama atenção.
Precisamos ser lembrados.
Precisamos nos sentir alguém.

sábado, 23 de outubro de 2010

Último

Consumido por cansaço,
com a mente desgastada.
A esperança foi embora.
Minha vontade se matou.

Falar, falar, falar.

Ficamos cegos com o auge.
Iludidos pelo limite.
Adiante só persiste a decadência.
Numa vida em falência.

Quando tudo passa.
Nos deparamos com o tempo.
Por tudo o que deixamos de ser,
Com todas as vidas que inventamos.

Sonhos impossíveis.
Insegurança disfarçada.
Sorrisos inventados.
Mesmices impensáveis.
Idiotices necessárias.
Algo novo que fez bem,
e a mania de julgar.

Nosso amor próprio estuprado.
Nossa racionalidade invadida.

Vivemos,
acreditando que nunca iríamos envelhecer.
Envelhecemos,
como se nunca tivéssemos vivido.
E então você se fecha.

Precisamos esquecer.
Abraçar a dor,
e encarar o dia.

Meus olhos realistas,
Enxergaram o que é possível.
Descartando toda a utopia que um dia chamei de sonho.

Vou viver do que é real.
No egoísmo ao que somente me interessa.

A tudo que não me pertence, tanto faz.
Que todo o alheio se foda !

Termina aqui.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Engano

Fracasso social.
Arruino moral.
Ficção subliminar.
Desprezo com o real.

Exposição forçada,
pra um fascismo ditador.
A moda feita pela aceitação,
no engano que corrompe.

A maioria.
Pobre maioria.
A diferença explícita,
pelos nulos límpidos.
Integridade por vergonha em ser alguém.

Eu tenho pena,
de quem preza pela vida abstrata.
Tenho vergonha,
de expressões desesperadas.

A vida mesmo é aqui fora.

Você não é sua vida virtual !

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Importância

Tudo acaba.
Muda.
Numa imensa desproporção.
Nada é adequado ao quanto vale.

Fazemos muito do que odiamos,
por acesso ao mínimo do qual adoramos.
Essa é a baixa:
O tão-pouco, especial.

O melhor do que podemos sentir,
então rapidamente.
A apreensão pelos minutos inesquecíveis de uma vida,
talvez tenha durado anos.

Que importância você dá ao tempo em que espera ?

E não é só tempo.

Generalizando,
nada vale o quanto merece.

Percepções tardias.
Valores esquecidos.
Tudo pela ausência.
A dor da ausência,
pra fazer valer.

Lamente o que importe a você.
Mas lamente por saber do fim.
Pois,
por mísero que seja,
é digno de merecer ser inesquecível !

domingo, 17 de outubro de 2010

Me desculpe,

Mas minha persistência é esnobe.
Meu desejo é sublime,
em ações mal feitas.

Sou mal visto,
por um mundo de caretas.
Diferente,
no mundo dos iguais.

Querem ser motivo de orgulho.
Honrar talvez um nome.
Ser aos outros,
esquecendo de ser a si próprio.

Não por egoísmo.
mas por consciência.
"Eu só quero ser eu mesmo."

E foda-se o orgulho.

sábado, 2 de outubro de 2010

Desabafo

Não sei porque algumas pessoas ainda me olham. Não sei porque alguns ainda falam comigo. Eu não me interesso mais por ninguém. Nem por mim mesmo. E quem é que se importa com alguém ? Quem é que se importa com a minha depressão ?
Em tudo e em todos (as) que eu tentei voltar atrás, ou estabelecer algum contato, alguma normalidade de relação, deu errado. À Todos que eu liguei de madrugada por querer ouvir alguma voz, ou um mísero oi por msn, deu errado, e aliás obrigado pela educação em responderem meu oi, ou atenderem o telefone, obrigado até mesmo por fingirem algo que insinuasse o interesse em conversar comigo.

Enfim, me tornei um ridículo, um escroto, alguém que mereceu ser esquecido.

hahahaha olha só, eu desabafando em um blog que as pessoas nunca leram, ou só entram por curiosidade, ou por ser a minha atualização do orkut, que nunca gostaram do que eu escrevi ou disseram que eu escrevia bem por segundas intenções. O que acontece é que meu blog é cego, surdo, mudo, não tem reações, e só assim me sinto compreendido, ouvido. Só assim ainda me sinto alguém.

Minha baixo-estima se ridicularizou, me sinto a pessoa mais feia do mundo, e é horrível ligar pra isso, e principalmente se sentir assim. A minha timidez me impede cada vez mais com que eu seja eu mesmo, e que minhas vontades permaneçam sendo apenas vontades.

Eu odeio tudo o que eu fiz. Eu odeio quem eu me tornei. Odeio principalmente ter descoberto que as coisas que eu fiz não são legais, não me fizeram bem, e me fez perder quem gostava ou pelo menos tinha um mínimo interesse em mim. é horrível ter que carregar uma culpa e ter que se conformar com a realidade. É horrível estar no fundo do poço e não querer sair vivo. É horrível querer muito cometer suicídio.
Lamento muito tudo isso, principalmente aos meus pais, que nunca mereceram quem eu fui por trás deles.

Tudo o que eu tinha e acreditava não ter valor, se foi, fazendo eu perceber o engano em relação a não ter valor. Eu escolhi viver acreditando que o tempo nunca passaria, mas ele passou. Eu nunca liguei pro futuro, e hoje olhando pro passado, eu me arrependo amargamente por isso.
Eu me auto-destrui, fiz minha vida se tornar uma experiência, sendo meu corpo a cobaia.

Eu gostaria que todos que me conhecem lessem isso, mesmo eu não me importando se vão ler ou não. E eu nem ligo se não dão a mínima. Eu só preciso desabafar, nem que for com as paredes e com meu amigo imaginário.

Pra quem me considera um amigo. Pra quem diz ser meu amigo. Pra quem ainda se importa comigo de verdade. Desculpa. Pois eu lamento não sentir o mesmo.

Me desculpem por eu usar meu blog pra isso. A minha vida de verdade é aqui fora. Tudo o que eu achei que eu fosse nessa porra de internet, me fez estar enganado. A vida virtual é uma merda. É a pior fraqueza e covardia de alguém. É a pior ilusão social ou moral que alguém pode ter. É tudo alucinação.

Por fim, tudo tem seu preço. Hoje eu pago pelo meu !