quarta-feira, 9 de junho de 2010

Pai

Pois é pai.
Eu tão diferente.
Nunca bom,
ou bem como você
sou talvez o que não queria.

Talvez seu erro quanto a mim
tenha sido a liberdade.
Foi por ela que errei,
foi por ela que apanhei.
Mas seu pecar em me deixar ser livre,
trouxe muito do que ganhei.

Corro atrás do meu caminho,
por mais que doa em você.


Eu que nas maiores oportunidades
fui pra todos um desgosto,
que ao seu olhar,
eu, nunca tão certo,
e pro seu jeito, eu tão errado.
Sou com todos meus defeitos feliz por quem sou.

Já tentei ser diferente.
Já fiz muito só pra lhe agradar.
Fingi ser quem por bem não era,
pra sentir você me amar.

Me perdoe por eu não ser o ideal.
Me perdoe, por eu ser talvez seu mal.
Eu queria poder te dar orgulho,
mesmo à você eu não sendo igual.

Mas, por pior que eu seja Pai,
por você eu oro,
por você eu amo.